segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Texto para a exposição de Reynaldo Candia, DAS DUAS, UMA, Biblioteca Municipal Monteiro Lobato, Guarulhos, julho de 2011
Se os livros guardam palavras e imagens impressas, abri-los, significa desvendar em suas múltiplas camadas, seus muitos saberes. Significa ainda, sentir gramaturas, sons, texturas e aromas. Livro é objeto silencioso que encobre vozes. Fechado, não se lê. Aberto, se descobre. Fechado, oculta. Aberto, revela. São condições opostas em pacífica convivência num único objeto. Um das saídas para desvelar os interiores de suas finas camadas, é percorrer os meandros de seus próprios saberes. Outra saída é tomá-lo como objeto mesmo, talhado em prensas e guilhotinas, para, aos poucos, enformar cavidades reveladoras de sentidos que, entretanto, ali já habitavam. São apenas duas, entre muitas saídas possíveis. E dessas duas, aqui, uma se faz: das duas, uma.
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